Nunca a
população brasileira foi dotada de tantos direitos. Natural haja vista que, o
mundo evolui e discussões sobre igualdade, liberdade de expressão e logo,
concretização de direitos estão cada vez mais em conversas de botequim, em bate
papos diários e não só em meio aos intelectuais. Um direito que temos é de nos
expressar e com ele podemos criar estratégias diversas para promoção do bem
estar. Estas estratégias estão sob forma de passeatas, manifestações e greves
que afinal são legitimas. Vamos entendê-las.
Passeata vem de
passeio e pode ser uma marcha coletiva realizada como manifestação pública.
Esta geralmente reivindica algo, mas pode ser para comemorar alguma conquista
de direito. As Manifestações são
ações de pessoas conjuntas em prol de uma causa ou várias através de protesto
das mais variadas formas. São ativismos sociais. Demonstram o descontentamento
da maioria da população ou de uma classe em relação ao que lhes são oferecidos
pelo o poder instituído este, representado por esferas governamentais e/ou
empresas. A palavra Greve surgiu na
França com a Place de Gréve que é um lugar de reuniões de desempregados e
operários insatisfeitos com a situação de trabalho. O termo grève significa, originalmente,
"terreno plano composto de cascalho ou areia à margem do mar ou do
rio", onde se acumulavam inúmeros gravetos. Daí o nome da praça e o
surgimento etimológico do vocábulo, usado pela primeira vez no final do século
XVIII. Greves é a interrupção coletiva e voluntária do trabalho para fins de
obter ou evitar a perca de benefícios previsto, no caso brasileiro na CLT
(Consolidação das Leis de Trabalho).
Coloquei
estas três formas de organização social na busca por direitos pois, são mais
comuns para os brasileiros. Entendendo as mesmas, podemos ver similaridades:
busca por direitos adquiridos ou que podem possuir, luta contra um poder
instituído e coletividade e causa. É perceptível que estas características são
cruciais para o enfrentamento e abalo ao estrato social, político e econômico.
Mas, estas atuações tem limites?
Com
certeza. Vimos recentemente greves e manifestações que envolveram vândalos,
ações de grupo político pra minar seus rivais e a que penso ser a mais surreal.
As
consequências: falta de compromisso e responsabilidade por parte daqueles que
promovem manifestações, passeatas e greves.
Temos
alguns exemplos: a greve dos metroviários de São Paulo que “pegou” até
autoridades de surpresa, a greve dos policiais na Bahia que não respeitaram o
limite mínimo de 30% do efetivo como também a não autorização de greve para
esta categoria (CF de 1988, art. 42, inciso IV, do §3º) e as manifestações
durante a copa do mundo em locais próximo aos estádios atrapalhando o acesso
das pessoas em direção ao mesmo como também promovendo uma imagem ruim do país
sendo que elas não são frequentes; são como chuvas torrenciais que caem com
grande intensidade porém, por um pouco período.
Alguém
pode pensar? “Ele está maluco, prega contra a livre expressão das pessoas”. Não
é nada disso. Na verdade o que está implícito é a maneira enfadonha e
repetitiva nas manifestações, passeatas e greves inclusive sem respeitar as
pessoas, coercitindo-as. Falta criatividade, novas estratégias e calendário.
Ter e se manifestar pelo direito é necessário no entanto, mais necessário ainda
é se manifestar direito...
Acesse os links: http://pt.wikipedia.org/wiki/Greve
http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=12879&revista_caderno=9
*Texto extraído do www.vozdefeira.com.br da Coluna LINHAS GERAIS de título Manifesto
direito ou direito de me manifestar? Greves e passeios à vista...
Nenhum comentário:
Postar um comentário