segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Economia: Educação simples para a prática

Nossa economia não anda bem. Não anda como a gente quer. Ouvimos falar muito de inflação, deflação, superávit primário, Taxa Selic, PEA (População Economicamente Ativa), IPCA, PIB e outras coisas mais. Ouvimos falar e muitas vezes nem ligamos. Por que se isso faz parte da nossa vida?
Acredito que tudo passa por uma educação econômica. Não fomos educados a pelo menos nos interessar por economia aliás, propositalmente não fomos educados para nada nem para a educação que contempla esta e outra área que envolve nossa vida.
A palavra economia vem do grego (oikos= casa e nomus= lei) traduzindo simploriamente, são as regras e o estudo da nossa casa. Na nossa casa temos de tudo um pouco: pessoas, móveis, alimentos. Para conciliar isso é necessário planejamento e este é crucial para nós e nossa família. Esta é uma palavra que não deve ser esquecida e deve ser colocada em prática: PLANEJAMENTO.
A economia é simples: se tenho 1 real só posso gastar 1 real pois, se os gastos passam disso terem prejuízo e ficarei no vermelho, se gasto menos que isso terei lucro, ficarei no azul e ter um fundo de reserva que é o dinheiro que consegui não gasta e logo, guardar/poupar. Esta é minha economia do lar que me proporcionará – se bem sucedida – obter coisas a médio e longo prazo (período que calculamos para atingir metas e objetivos: o primeiro em torno de 5 a 10 anos e o segundo em torno de 20 a 30 anos). Basicamente é isso.
Só que não. Nossa economia doméstica é influenciada e intimamente ligada com a economia mundial e mais ainda com a economia brasileira como um todo. Aí é que entram termos já citados anteriormente. Vamos lá: PIB, sigla para Produto interno Bruno é a soma de todos os bens e serviços que produzimos; PEA, População Economicamente Ativa é aquela com idade para o trabalho geralmente de 18 a 65 anos; Superávit Primário é o dinheiro destinado a pagamento de dividas externa: aquela devido a empréstimos oriundos do exterior e pública ou interna: aquela devido a empréstimos que o Estado toma colocando-as como títulos que pertencem a pessoas, empresas e bancos quando gasta mais do que arrecada medido em porcentagem do PIB), Taxa SELIC (Sistema Especial de Liquidação e Custódia) que é a taxa de juros na qual os bancos se baseiam, Deflação que significa a queda geral de preços, IPCA que é o Índice de Preço do Consumidor por Atacado que é a base para a Inflação e a Inflação que é o contrário da deflação: a alta geral de preços.
Postas as explicações vamos entendê-las em nossa vida: O PIB mostra o quanto o país cresce ou não e a grandeza ou não em todos os setores da economia. Para que ele seja grande e robusto, um país deve ter a princípio uma massa trabalhadora grande pois, esta será capaz de gerar as riquezas do mesmo. Quando o país produz riqueza e tem que destinar dinheiro a Superávit Primário e Dívidas Externa e Interna/Pública, ele deixa de ter um recurso a mais para investir em saúde, educação, transportes, comunicação, cultura. Quando o país tem juros altos, inibe o crescimento da economia já que limita o crédito no entanto, segura a inflação pois, com pouca oferta e muita demanda a inflação cresce caso contrário, ocorre deflação e isto regula os preços médios dos produtos para os consumidores. Vale dizer que não podemos deixar de incentivar nosso mercado interno que é grande e tem potencial de nos ajudar em tempos de crise como em 2008.
No mundo, é de grande importância que a Balança Comercial seja favorável (quando se exporta mais do que importa) e aí há um superávit (vantagem) e quando a balança é desfavorável há um déficit (desvantagem). Para que ocorra superávit, temos que vender mais produtos e nisto precisamos de que nossas indústrias e nossa agricultura (agronegócio) sejam competitivas, parcerias consolidadas no mercado internacional.

Concluo assim que, é necessário investir cada vez mais no mercado interno proporcionando a cada pessoa condições de participar com mais força da economia. Isto requer vontade política no tocante a melhor distribuição de renda, aumento acima da inflação do salário mínimo, redução forte e cobrança proporcional na carga tributária e redução maior em encargos sociais para as empresas incentivando o emprego com carteira assinada. Devemos adotar uma maior proteção ao nosso mercado, investir em logística e transportes e principalmente: desenvolver pesquisas e apostar na ciência. Como temos dimensões continentais por que não alçar voos na mesma proporção?

*Texto da Coluna Linhas Gerais do www.vozdefeira.com.br com o mesmo título.

Nenhum comentário:

Postar um comentário