Nossa
economia não anda bem. Não anda como a gente quer. Ouvimos falar muito de
inflação, deflação, superávit primário, Taxa Selic, PEA (População
Economicamente Ativa), IPCA, PIB e outras coisas mais. Ouvimos falar e muitas
vezes nem ligamos. Por que se isso faz parte da nossa vida?
Acredito
que tudo passa por uma educação econômica. Não fomos educados a pelo menos nos
interessar por economia aliás, propositalmente não fomos educados para nada nem
para a educação que contempla esta e outra área que envolve nossa vida.
A
palavra economia vem do grego (oikos= casa e nomus= lei) traduzindo
simploriamente, são as regras e o estudo da nossa casa. Na nossa casa temos de
tudo um pouco: pessoas, móveis, alimentos. Para conciliar isso é necessário
planejamento e este é crucial para nós e nossa família. Esta é uma palavra que
não deve ser esquecida e deve ser colocada em prática: PLANEJAMENTO.
A
economia é simples: se tenho 1 real só posso gastar 1 real pois, se os gastos
passam disso terem prejuízo e
ficarei no vermelho, se gasto menos
que isso terei lucro, ficarei no azul e ter um fundo de reserva que é o dinheiro que consegui não gasta e logo,
guardar/poupar. Esta é minha economia do lar que me proporcionará – se bem
sucedida – obter coisas a médio e longo prazo (período que calculamos
para atingir metas e objetivos: o primeiro em torno de 5 a 10 anos e o segundo
em torno de 20 a 30 anos). Basicamente é isso.
Só
que não. Nossa economia doméstica é influenciada e intimamente ligada com a
economia mundial e mais ainda com a economia brasileira como um todo. Aí é que
entram termos já citados anteriormente. Vamos lá: PIB, sigla para Produto interno Bruno é a soma de todos os bens e
serviços que produzimos; PEA,
População Economicamente Ativa é aquela com idade para o trabalho geralmente de
18 a 65 anos; Superávit Primário é o
dinheiro destinado a pagamento de dividas
externa: aquela devido a empréstimos oriundos do exterior e pública ou interna: aquela devido a
empréstimos que o Estado toma colocando-as como títulos que pertencem a
pessoas, empresas e bancos quando gasta mais do que arrecada medido em
porcentagem do PIB), Taxa SELIC
(Sistema Especial de Liquidação e Custódia) que é a taxa de juros na qual os
bancos se baseiam, Deflação que
significa a queda geral de preços, IPCA
que é o Índice de Preço do Consumidor por Atacado que é a base para a Inflação
e a Inflação que é o contrário da
deflação: a alta geral de preços.
Postas
as explicações vamos entendê-las em nossa vida: O PIB mostra o quanto o país
cresce ou não e a grandeza ou não em todos os setores da economia. Para que ele
seja grande e robusto, um país deve ter a princípio uma massa trabalhadora
grande pois, esta será capaz de gerar as riquezas do mesmo. Quando o país produz
riqueza e tem que destinar dinheiro a Superávit Primário e Dívidas Externa e
Interna/Pública, ele deixa de ter um recurso a mais para investir em saúde,
educação, transportes, comunicação, cultura. Quando o país tem juros altos,
inibe o crescimento da economia já que limita o crédito no entanto, segura a
inflação pois, com pouca oferta e muita demanda a inflação cresce caso
contrário, ocorre deflação e isto regula os preços médios dos produtos para os
consumidores. Vale dizer que não podemos deixar de incentivar nosso mercado
interno que é grande e tem potencial de nos ajudar em tempos de crise como em
2008.
No
mundo, é de grande importância que a Balança
Comercial seja favorável (quando
se exporta mais do que importa) e aí há um superávit
(vantagem) e quando a balança é desfavorável há um déficit (desvantagem). Para que ocorra superávit, temos que vender
mais produtos e nisto precisamos de que nossas indústrias e nossa agricultura
(agronegócio) sejam competitivas, parcerias consolidadas no mercado internacional.
Concluo
assim que, é necessário investir cada vez mais no mercado interno
proporcionando a cada pessoa condições de participar com mais força da
economia. Isto requer vontade política no tocante a melhor distribuição de
renda, aumento acima da inflação do salário mínimo, redução forte e cobrança
proporcional na carga tributária e redução maior em encargos sociais para as
empresas incentivando o emprego com carteira assinada. Devemos adotar uma maior
proteção ao nosso mercado, investir em logística e transportes e
principalmente: desenvolver pesquisas e apostar na ciência. Como temos
dimensões continentais por que não alçar voos na mesma proporção?
*Texto da Coluna Linhas Gerais do www.vozdefeira.com.br com o mesmo título.
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