Simples, em busca de transformação e mal interpretado. Este é Alex Costa. As pessoas que buscam transformações costumam ser mal interpretadas, são colocadas nas cordas, no clinche só que em vez de cair apresentam soluções impensadas e fantásticas. Agir coletivamente é transformar. Que tal agirmos? A primeira ação: Acompanhar os dizeres de Alex Costa aqui!
PN- As transformações sociais, mais benéficas têm
acontecido pouco. O que fazer para ocorrerem transformações mais visíveis e em
maior quantidade?
AC- Atualmente acho muito difícil acontecerem
mudanças mais radicais, pois o brasileiro não tem uma educação de qualidade e por isso
não sabe filtrar as informações. Por outro lado, os governos do PT e PSDB
souberem dá o "pão e o circo" - para as famílias de baixa renda, presas
fáceis por estarem em estado de miserabilidade grande - em bolsas. Como diz na
música do Titãs: ... a gente não quer só comida...
PN- O acesso do brasileiro a internet não ajudaria em
sua educação?
AC- De certa forma sim, a internet é um veículo onde
o cidadão seleciona o conteúdo e constrói seu pensamento a partir disso, mas
acredito que por falta dessa educação de qualidade, ele não está preparado para
saber lhe dá com essa ferramenta.
- Mas, por outro
lado o que vemos é pessoas acessarem mais redes sociais e menos pesquisarem na
internet. Isso não deseduca?
AC- Sim, nas redes sociais depende muito do público
que você tem, muitas coisas que você posta se tornam desinteressante. Pesquisando
na internet estou mais focado no que quero.
PN- Você tratou de dois partidos que desde a
Redemocratização (exceto com Collor) esteve à frente no poder. Eles são
diferentes só que em muitas práticas são iguais. Um foi importante no combate à
inflação em curto e médio prazo e o outro nas políticas sociais com alguns
programas. No que eles pecaram e pecam?
AC- O problema é que essas duas legendas objetivam em
seus projetos reais a manutenção do poder. E isso passa por cima da cidadania
do povo. Se aproveitam da massa desinformada para aumentar poder e dinheiro.
PN- Já que tratamos de partidos e estes estão
inseridos num sistema político, o que seria a solução para estas distorções dos
governos/projetos?
AC- Uma reforma política, onde os partidos assinassem
um documento se comprometendo a realizar seus planos de campanha. Isso seria um
dos pontos a se tratar, Reforma Política no Brasil vai, além disso.
- Existe um projeto
que tipifica como crime não cumprir promessas de campanha, enquadrando como
estelionato eleitoral. Você é a favor?
AC- Sim, com certeza.
PN- Você falou que é simples e mal compreendido. Como
é ser simples? Por que você acredita que é mal compreendido?
AC- Simples quer dizer ser igual me coloco num plano
de igualdade de todos independentes de ter um carro, de ser pós-graduado, de
ter mais informação. Mal compreendido sou quando me revolto e reivindico
melhoras, muita gente acha que estou louco, que não tem como mudar nada, essa
visão fatalista das coisas vão de encontro ao meu discurso de querer mudar,
gritar junto.
PN- Alex, você é professor e sei que tem um olhar
amplo daquilo que nos envolve. Como você vê a atuação do (a) professor (a)?
AC- Olha, apesar de ser formado desde 2000, estou
retornando à função por agora, mas o que vejo é o seguinte: existem professores
com olhares e atitudes diversas. Posso estar errado, mas vejo professores novos
cheio de vontade e professores mais velhos cansados da pouca estrutura, da
pouca valorização, do salário injusto. Realmente cansa, mas ser educador é
orientar a transformar. Acredito nessa missão pra mim, fazer o aluno pensar,
pegar a informação, pesquisar, refletir e tirar o seu pensamento, criticidade.
- Muito se fala do
ensino tradicional e crítico. O comportamento dos alunos também tem mudado.
Você citou as estruturas, a desvalorização, a paupérrima remuneração. Nesse
sentido qual o caminho?
AC- É difícil viu, rs. Aí, as mudanças devem vir do
Poder Público, fomentar a tão esperada revolução educacional, parecido com o
que houve em Cuba ou na China.
PN- Há pouco, um brasileiro - traficante - foi
executado na Indonésia e outro pode ser em fevereiro. Pena de morte: O que você
tem a dizer sobre ela?
AC- Sou contra, mas sou a favor da prisão perpétua.
PN- Nosso sistema judiciário é costumeiro em condenar
ligeiramente quem não tem recursos para se defender ou pouco conhece de leis.
Em contrapartida, acaba por "ajudar" aqueles que tem mais força e
mais recursos. Como você analisa tal fato?
AC- O que tenho a dizer é: não vivemos num país
democrático e isso confirma esse fenômeno: ricos podem pagar bons advogados,
pobres não.
PN- A Regulação e Democratização da Mídia é um
assunto polêmico e mais por conta dos interesses dos que seriam mais afetados:
os empresários do setor. Isso reflete inclusive no Congresso. O que você
entende sobre o assunto? Você é a favor?
AC- Regular a
mídia... defendo a liberdade de expressão.
PN- Como você vê as expressões culturais baianas com
músicas, danças, cinema e outros?
AC- Tem coisas boas e muita coisa ruim, o pior é que
as massas preferem o que é ruim.
PN- O que você diz sobre o blog?
AC- Uma ferramenta boa, porém pouco acessada.
PN- Deixe sua mensagem a todos.
AC- O Brasil precisa ser revirado e transformado e como ele é muito grande
precisa-se das mãos de muitos
*Obrigado Alex Costa por atender ao Paulinho Neco, O BLOG e promover um debate de diversos assuntos através desta entrevista.