segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

A Educação no Brasil: Para público, um contraponto particular

O Brasil não é o país da Educação. O Brasil é o país da educação. Parece a mesma coisa não é? Mais a frente te digo o porquê.
A Educação Brasileira é regida pela Lei de Diretrizes e Base (LDB), lei 9394/96. É ela que dita os rumos educacionais do país. Ela regulamenta a educação técnica, particular e pública. Temos também o Plano Nacional de Educação (PNE), O Fundo Nacional da Educação Básica (FUNDEB) como outras leis mais importantes. Todas as leis são boas. No entanto, o que mais precisamos é ação.
De que ação estou falando? Pontuemos:
a) Respeito ao ser humano em suas individualidades e seus aspectos culturais e locacionais;
b) Respeito e merecimento pela ação do professor;
c)  Reformulação do sistema educacional de ensino e
d) Maior responsabilidade e participação das esferas de governo principalmente da prefeitura já que é no município que rebate todas as decisões e ações. O local é SEMPRE MAIS importante que o global, nacional ou regional mais TODOS se interrelacionam.
Respeitar o ser humano é entender que ele enquanto humano tem necessidades maiores do que está preso a um lugar ouvindo assuntos onde muitos não influenciarão de fato a sua vida e da forma mais improdutiva possível. O ensino seriado (dividido em 1º, 2º, 3º, 4º, 5º, 6º, 7º, 8º, 9º ANOS do Ensino fundamental e 1º, 2º, 3º ANOS do Ensino Médio) já é por demais obsoleto. O ensino seriado não é atrativo pois, estudo várias coisas de forma partida e cada disciplina em seus horários – entra também, a carga horária em série – onde o aluno tem que “mudar a chave” a cada aula que passa pois, as disciplinas e os professores são diferentes. Pensar como pensou alguns professores e educadores assim como, Anísio Teixeira com sua Escola Parque e a Educação Integral e Paulo Freire com sua Pedagogia Crítica e seus Ciclos de Cultura. Aliás não só pensar, deve ser praticado este tipo de ensino no Brasil. Eles pensaram de algum modo nos valores das pessoas, em seus locais e nos seus aspectos culturais. De fato, O SISTEMA EDUCACIONAL BRASILEIRO DEVE SER REFORMULADO. Mais, precisamos de uma REVOLUÇÃO.
Um aluno não deve ser apenas estatística. Uma vez, o MEC aplicou a alunos do TOPA questionários que não condiziam a realidade deles. Me diga, você costuma usar como exemplos coisas de sua terra, de sua região, do seu cotidiano e dos alunos em vez de usar algo que está distante de você e mais ainda, deles? Foi isso que aconteceu: foi usada como exemplo pêssego em vez de umbu, macaxeira. O professor e mais ainda, o educador deve estar atento a isso. Ah meus caros, se fosse só isso...
Não vou falar de temas que já se tornaram clichês na luta dos professores. O professor não é respeitado em suas individualidades e ferido de morte no que tange a sua autonomia. Não estou falando de entregar planos de aula e outros que são como relatórios de atividades; como “bater o ponto” no seu local de trabalho. Elaborar uma prova na escola pública é tão ridículo que pasmem: não se deve gastar mais que uma folha (frente e verso) e a prova TEM – e quando falo tem é no sentido de ser obrigado a fazer – que ser de questões objetiva, isto é, de marcar uma alternativa correta ou incorreta. É professor, agradeça ao Portal Voz de Feira: saberão que sua luta não é só por salários...
E os governos? De certo, você dirá: tudo ladrão, não investem em nada e etc. e tal. Pois, isso é um discurso da moda e vazio por que, investimento há. O que não há é investimento pontualizado e alocado (colocado) onde deve ser alocado. O nome disso é falta de planejamento ou planejamento errado. O problema é de GESTÃO. É só isso? Não e não. A corrupção entra nesta conta. Os desvios de verba para enriquecimento ilícito. E as rivalidades partidárias? Impedem na medida em que a liberação do recurso é travada quando o prefeito é de partido diferente do estado e da federação ou o prefeito segura a verba para travar as ações de estado e da federação. Isso reflete em tudo, no nosso local.
Lembra quando disse que o Brasil não é o país da Educação e o Brasil é o país da educação e questionei sobre ser a mesma coisa. De fato, são. A primeira é a educação com “E” maiúsculo, a educação em sua amplitude, crítica, debatedora, instigadora, amável e interessante. A segunda é a do “e” minúsculo: a desinteressante, a que massacra o professor e o enrijece e obriga-o a ter uma pedagogia tecnicista, ultrapassada, reprodutora de nada e estimuladora de ninguém, a odiosa, a malvada, a vilã. Temos quefazer uma REVOLUÇÃO. Estamos produzindo analfabetos funcionais e técnicos. Quem deve revolucionar? A responsabilidade é dos governos mas, NÓS temos a obrigação. Quem deve liderar esta revolução? Que tal acadêmicos – estudantes conhecedores da real situação, universitários, licenciados ou bacharéis de todas as profissões, professores e educadores - que se empanturram de conhecimento e não colocam em prática? O poder é de vocês. Enquanto isso aguardem que desta coluna, virão mais poderes...

*Texto da Coluna LINHAS GERAIS do www.vozdefeira.com.br com o mesmo título.

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